Conheça CRAM, a barata salva-vidas!

Imagem de capa: Retirado da reportagem da Forbes. Tom Libby, Kaushik Jayaram e Pauline Jennings. Cortesia de PolyPEDAL Lab, UC Berkeley; via Berkeley News)

Pesquisadores da University of California, Berkley (Universidade da Califórnia em Berkley) passaram os últimos tempos estudando um assunto bastante peculiar: baratas. Especificamente, a capacidade impressionante desses insetos de se espremerem por qualquer espaço e aguentarem pressões de até 900 vezes seu próprio peso sem sofrerem grandes danos.

Um artigo publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States) explorou essas capacidades através de um curso de obstáculos para as baratas, e descobriram que sua carapaça, ainda que pareça dura à primeira vista, é extremamente maleável e, quando precisam se mover em espaços apertados, utilizam-se de uma maneira ainda pouco estudada de locomoção, apelidada de “body-friction-legged crawling”, algo como “Rastejar de pernas e fricção do corpo”. Graças à essa forma especial de locomoção, as baratas conseguem manter altas velocidades mesmo quando achatadas.

E essas propriedades inspiraram o design de um robô simpático, que recebeu o nome de CRAM – Compressible Robot with Articulated Mechanisms, ou Robô Compressível com Mecanismos Articulados. O vídeo abaixo (em inglês) explica as capacidades do robô:

A intenção é utilizar o CRAM para procurar por sobreviventes em catástrofes como terremotos e furacões. As capacidades do CRAM o tornam ideal para vasculhar os escombros que esses acontecimentos causam.

Então, a próxima vez que você olhar para uma barata, admire por alguns instantes suas incríveis capacidades – antes de esmagá-la com pelo menos 901 vezes o peso da mesma.

Fontes:

PNASForbesThe Guardian

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