Estudo aponta que, a poucos meses das olimpíadas, brasileiros não praticam adequadamente atividade física

Imagem de Capa: US Navy, Matthew Bookwalter

Em pouco mais de um mês, nosso país será a sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o evento esportivo milenar que reúne os maiores atletas de todo o mundo. Apesar disso, porém, um estudo recentemente publicado na Journal of the American Heart Association indica que os brasileiros estão profundamente sedentários.

Os dados são advindos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), o maior estudo de saúde pública na América Latina, que levantou dados de 10.500 adultos, entre 35 e 74 anos, que não possuem doença cardiovascular, e apontam que apenas 29% dos homens e 21% das mulheres da amostra possuíam níveis de atividade física considerados aceitáveis em padrões internacionais – ou seja, pelo menos 150 minutos de atividade física moderada, ou 75 minutos de atividade intenta, por semana. Para efeitos de comparação, na população norte-americana – um país notavelmente sedentário – mais de 50% da população era fisicamente ativa.

Naturalmente, os participantes que possuíam níveis satisfatórios de atividade física apresentaram parâmetros relacionados à saúde muito melhores que o de seus colegas sedentários, incluindo pressão sanguínea e taxas de batimento cardíaco mais saudáveis. E, ainda que essa associação não seja surpresa, Xiaochin Lin, primeiro autor do estudo, afirmou que medir a intensidade desses benefícios no paciente é útil para auxiliar políticos e administradores públicos à instituir programas de saúde mais eficazes. Além disso, a população brasileira é uma boa amostra para um estudo desses por sua diversidade, e seu perfil sócio-econômico como país emergente – e, portanto, país onde doenças cardiovasculares se tornam um problema cada vez maior.

Lin espera que as olimpíadas, junto com programas e propagandas governamentais, acabem por incentivar a população à se tornar mais ativa, produzindo assim um impacto positivo na saúde do país.

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