Uma nova esperança contra o vírus Zika – Mosquitos modificados
Imagem de capa: James Gathany, CDC (domínio público)
O assunto do momento na mídia nacional e internacional é a rápida expansão do vírus Zika e sua suspeita de causar microcefalia em recém-nascidos de gestantes infectadas. Entre as recentes notícias da possibilidade de transmissão sexual do vírus, sua aparição em amostras de saliva e urina e o desconhecimento do mecanismo pelo qual o vírus causa as alterações nos recém-nascidos, a situação parece bastante desesperadora. Por sorte, finalmente uma boa notícia emerge, vinda diretamente da terra da rainha, trazendo uma esperança na forma de um plano de contenção.
Segundo reportado em diversos sites da imprensa internacional, uma empresa britânica chamada Oxitec está desenvolvendo uma linhagem de mosquitos Aedes aegypti machos com capacidades reprodutivas reduzidas. A idéia é que, ao se acasalarem com as fêmeas, estes mosquitos modificados transmitirão genes defeituosos que inviabilizarão seus descendentes, ajudando assim a reduzir a população dos mosquitos. Testes preliminares já foram e estão sendo realizados no Panamá, nas Ilhas Cayman, e aqui mesmo no Brasil em municípios como Piracicaba (SP), com resultados extremamente promissores: Uma redução de 90% na população dos insetos, o que é benéfico não só no controle do Zika, mas também da Dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes.
A utilização de espécies geneticamente modificadas para interferir no ecossistema sempre traz preocupações, mas a empresa e própria Organização Mundial da Saúde tranquilizam este receio: o Aedes é uma espécie invasora, ou seja, não são parte natural do ecossistema local, e sua eliminação não causa impactos significativos ao mesmo, e pode ser até benéfica.
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Fontes: Livescience, RT, Telegraph
Queria dizer que o zika chegou em Botucatu, mais precisamente no Jardim Paraíso (vulgo meu bairro).
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