5 dúvidas comuns de Psicologia
1 – Psicologia é o mesmo que Psicanálise:
É bastante compreensível que uma pessoa que não está envolvida diretamente com a Psicologia, não saiba diferenciar entre o que é uma ou a outra. Também é muito comum esbarrar em pessoas que acreditam que Freud é o mais famoso da profissão, no entanto, o fato é que Freud nunca foi psicólogo, tendo uma formação em medicina e neurologia. Para ser considerado psicólogo(a), o sujeito necessita ser graduado em uma instituição credenciada para tal, já para ser psicanalista, basta fazer um curso de formação em psicanálise. Além disso, a psicanálise até faz parte dos estudos psicológicos, pois teve muita contribuição historicamente falando, porém além de ser vista por muitas instituições como uma corrente ultrapassada, a psicanálise é apenas uma das várias correntes que é estuda durante todo o curso. Lembre-se, Freud é o principal nome da Psicanálise e não da Psicologia.
2 – Psicólogo(a) receita medicamento?:
Não, para que seja necessário receitar qualquer medicamento, o profissional precisa ser graduado em medicina. No entanto, é importante salientar que a psicologia vem justamente com a intenção de demonstrar outras alternativas de saúde mental além da medicamentosa. Profissionais da área até estudam algumas substâncias – principalmente as que tem efeito sobre a mente – mas seu trabalho é focado em vias de comportamento. É importante salientar que não há uma “luta” de quem é mais relevante, pelo contrário, em muitos casos o tratamento psicológico e medicamentoso é o ideal.
3 – Psicologia é coisa de doido:
Esse pensamento é comum em decorrência do histórico da Psicologia com tratamento de transtornos mentais, porém assim como tudo no mundo, as profissões evoluem e se tornam mais complexas. A psicologia hoje é uma profissão voltada para todos, desde aqueles sujeitos que buscam apenas um local mais intimo e acolhedor à aquelas pessoas que consideram ter muitas questões mentais e comportamentais a serem resolvidas. Lembrando que o termo “doido” é bastante pejorativo e por isso também algumas pessoas se sentem acanhadas de procurar uma psicoterapia.
4 – Psicólogos(as) estão sempre te analisando:
Existe um mito geral na profissão de que psicólogos(as) estão a todo momento analisando as pessoas a sua volta, isso normalmente ocorre com os indivíduos próximas a aquele profissional. É importante lembrar que não existe um botão de liga-desliga, então muitos aspectos acabamos levando para fora do setting, no entanto o ambiente do dia-a-dia não é o ideal para qualquer tipo de análise. Para que o psicólogo(a) faça um bom trabalho é obrigatoriamente necessário um local adequado, para que assim a avaliação não seja comprometida. Então não se preocupe, seu amigo ou amiga psicóloga não está te analisando toda vez que fala com ela.
5 – Psicologia é só aconselhamento:
É comum que algumas pessoas que ainda alimentam um certo preconceito pela psicologia, acreditem que a profissão é feita apenas por algum tipo de aconselhamento, que supostamente ela poderia encontrar em qualquer lugar, porém, a verdade é que a psicologia vai muito além. Em um setting terapêutico o profissional necessita de uma escuta ativa, ou seja, não é apenas ouvir o que é dito e pronto, no caso o psicólogo(a) vai prontamente intervir em suas falas, com a intenção de reflexão na maioria das vezes. Além disso, é necessário que o profissional seja capaz de ter uma visão ampla de seu cliente, o compreendo em vários aspectos de sua vida, para poder apresentar os melhores caminhos e resoluções de seus questionamentos.
Referência: BOCK, Ana Mercês Bahia. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO. 18 f. Conselho Federal de Psicologia, 2005. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2020.