Cientistas descobrem duas possíveis novas formas de tratar alcoolismo!

Imagem de capa: Autor desconhecido, extraída da internet

O alcoolismo é um dos grandes males da humanidade. Com alto poder de gerar dependência, e com o suporte de uma cultura que tolera e até incentiva o consumo excessivo, o álcool destrói famílias, indivíduos e potenciais. Nesse contexto, desenvolver estratégias para combater a dependência ao álcool são fundamentais. E felizmente, os tempos recentes trouxeram duas ótimas notícias para esse fim.

A primeira vem da University of California – Los Angeles, onde uma equipe de pesquisadores descobriu que o antinflamatório Ibudilast, usado no japão para tratar asma, também é eficaz para reduzir o desejo por álcool.  O experimento do grupo consistiu em separar participantes em dois grupos – um que recebeu placebo por 6 dias, e depois o medicamento por mais seis dias. Outro grupo recebeu o medicamento por 6 dias, e depois recebeu o placebo.

O desejo por álcool dos indivíduos que estavam recebendo a droga foi reduzido, e eles reportaram se sentirem melhores quando eram forçados à confrontar e recusar o álcool do que o grupo que não estava tomando o medicamento (Os pesquisadores simularam isso fazendo os participantes segurarem e sentirem o cheiro de uma bebida alcóolica que eles gostavam, mas sem permitir que a tomassem).

A outra boa notícia vem da Medical University of South Carolina, dessa vez não na forma de um medicamento mas de uma descoberta: Um gene que codifica determinados tipos de canais de potássio no cérebro, nos circuitos envolvidos com a dependência. Canais de potássio são importantíssimos no processo de excitação de neurônios. Estes canais em específico – chamados KV7 – são alteradores pela ingestão de álcool, e são codificados, entre muitos outros, pelo gene Kcnq, e os pesquisadores demonstraram que modular este gene pode ser eficaz para tratar o alcoolismo. Ratos dependentes que foram tratados com um modulador apresentaram uma redução no consumo de álcool. Isso abre a possibilidade de se desenvolver novos fármacos visando esse gene e esses canais, abrindo novas opções de tratamento.

Mais detalhes sobre cada um dos estudos podem ser encontradas AQUI e AQUI (Em Inglês)

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